segunda-feira, 2 de março de 2009

UM DIA DE SOL EM SEPETIBA EM 1973.(PARTE 2)

Indiscutivelmente,em 1973,Sepetiba era a praia "das crianças"...Um marzinho manso,
sem perigo,famílias inúmeras e numerosas,que traziam tudo o que se possa imaginar,
mais aquilo que não dá nem para imaginar ! Vinham de kombi,de caminhão ou de ônibus
fretados,que de ônibus meeesmo só tinham o nome,tal "a bagaça"...

Vinha gente de toda a zona oeste e rolavam pagodes regados a cerveja e "caninhas" va-
riadas,que vez por outra, com tais "combustíveis" acabavam em brigas,nunca sérias.

Curioso mesmo era uma atmosfera de "cio",que pairava no ar e era muito contagiosa,
atacando as pessoas mais insuspeitas,creio que através da respiração, e as transformando em lascívos ,que faziam questão de se mostrar em seus biquines,maiôs
e sungas...Não dependia de idade,nem de gênero.Chegava-se na praia e a luxúria "bai-
xava" e as "insinuações" sexuais tomavam conta das cabeças...

Não se dar bem numa paquera,era quase impossivel e só sendo o Corcunda de Notre
Dame,para terminar o dia sem um caso ter acontecido,mesmo assim conta a lenda que
um sósia do Quasimodo francês,chegou a sair do pedaço com duas "mulézinha"...

O mar com seu fundo lodoso,fazia com que a água fosse sempre turva e incobrísse o
que os muito velhos,chamavam de "pouca-vergonha"...

De quando em vez uma freada de carro denunciava que uma criança pequena estava
tentando atravessar a rua,enquanto sua mamãe estava dando vazão ao cío praieiro e
saia se recompondo,sob vaias das "tribos" presentes...

Nas segundas-feiras pela manhã,Sepetiba era um amontoado de lixo e desordem a
espera do próximo fim de semana com sol .

Hoje,2009,a velha e boa "Sepê" é um bairro fantasma,que espero renasça das cinzas.
Amém!