quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

ALZIRA X OCTÁVIO

Sestroso,Octávio era...Sempre com seu terninho branco,chapéu quase novo,sapatos super engraxados e
cabelo "domado"por uma touca do Flamengo,(que era alta moda daqueles tempos...)que saia da cabeça,
quando o negão risonho,mas marrento,ia à rua em busca de cabrochas e paratí,sei lá se nessa ordem...
Alzira,minha avó ,de acordo com "a cartilha da época",era a parideira,a mãezona,a conformada com a
própria sina,pois "homem-é-assim-mesmo"...Já no quinto filho,da segunda união,que nasceram por que
DEUS quiz,acrescidos aos outros do relacionamento anterior,já formavam quase um time de futebol...
Os mais velhos "criavam"os mais novos e a vida seguia seu rumo meio torto e capenga...
Nunca se deixaram,apesar das brigas e desentendimentos constantes,no mais das vezes "incrementadas"pela "branquinha-marvada",a "água- que- passarinho- não- bebe"...
Claro está que a beleza de Alzirinha foi fenescendo,o corpo "cheinho"foi dando lugar à gordura pura
e simples e os compridos e belos cabelos se escondendo num coque que nunca se desfazia...
Como o marinheiro JONAS,meu pai com seus 23 anos feitos se enamorou de minha mãe,JUDITH
de ridículos e verdes 13 anos e pediu a mão da criança em casamento e nunca tinha ouvido falar em

pedofilia,casaram e foram morar em Nova Friburgo e era menos uma boca a sus-
tentar na casa dos Martins